Por Cigana Micaela
Não há certezas sobre a real origem do Tarot, como datas, quem o criou ou até a finalidade. A corrente mais aceita é de que o Tarot tenha origem egipcia, tendo surgido nos primeiros séculos depois de Cristo, mas não existem documentos que comprovem tal fato.
Porém, existem documentos e artes através de pinturas que comprovam a existência do Tarot na Itália, em meados do século XV, tendo seu estudo e conhecimento ampliado por toda a Europa.
Naquele tempo, o Tarot não era considerado mero meio de advinhação, tampouco crença regional, pois suas figuras eram utilizadas para técnicas de meditação, de equilíbrio para a alma, de conexão com o Divino. Era, antes de qualquer coisa, uma ponte para energização do espírito e evolução de pensamentos, um meio buscado para obter saúde mental.
O Tarot, naquela época, não era algo oculto ou misterioso. Todos tinham o livre acesso para a sua aquisição, bem como para estudos e práticas. O estudo do Tarot era aberto, acessível e aceitável perante a Sociedade.
O Tarot foi utilizado para técnicas de memorização, em que estudiosos associavam os conteúdos de estudos com os símbolos, mas jamais deixando a essência de auxílio ao desenvolvimento mental e espiritual do ser humano.
O Tarô seguiu através dos tempos, tendo sido estudado por diversos grupos nas mais variadas regiões, que foram alterando as suas imagens, visto que cada lâmina era pintada a mão, motivo pelo qual existem vários conjuntos de lâminas na atualidade.
Composto por 78 lâminas, com Arcanos maiores e menores (arcano significa mistério), o Tarô é mais que uma arte divinatória. Consiste em uma ferramenta de autoconhecimento, transmitindo aconselhamento espiritual, emocional e esotérico, auxiliando o consulente a obter equilíbrio interno e externo, captação das energias, propiciando visão ampla de situações e tendências para o futuro.
O significado da palavra Tarot ou Tarô mais aceito vem do árabe, traduzindo como quatro caminhos, simbolizando os quatro naipes constantes nos Arcanos menores.